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EMOCORE
P
OR
G
USTAVO
G
ODINHO
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A
banda Fresno passou para um novo patamar em sua já
consolidada carreira.Encerrou uma bem-sucedida par-
ceria com a Arsenal Music e lançou, de forma indepen-
dente, o novo disco de carreira,
In nito
.Agora, além de músicos,
os integrantes da banda estão à frente do gerenciamento do
próprio trabalho.
A Fresno já conhece bem todos os percalços e atalhos de uma
carreira independente. Essa era a realidade da banda antes de
ser produzida e empresariada por Rick Bonadio, da Arsenal
Music. Foram quatro anos de convivência, crescimento e mui-
to sucesso. Segundo o vocalista e guitarrista Lucas Silveira,
voltar para o mercado indie depois de uma carreira consolida-
da é sempre mais trabalhoso. “Agora, temos mais coisas para
nos preocupar. Nossos fãs aumentaram e temos que cuidar da
prensagem e distribuição dos CDs”, exemplica o vocalista.
“Lucas é tão linha dura nesse ponto que recentemente entrou
em duas megastores virtuais e comprou o novo disco da banda
só para testar a logística de distribuição e entrega do produto”,
completa o guitarrista Vavo.
A banda passou pelo mercado independente entre 2003 e
2007 e, nessa época, lançou os discos
Quarto dos livros
,
O rio, a
cidade, a árvore
e
Ciano
. “Naquele tempo, mandávamos prensar
o disco e íamos buscar de carro. Hoje, já temos um caminhão
terceirizado para fazer esse transporte. Temos também que ad-
ministrar todas as entradas e os gastos para, no nal do mês, não
estourar o orçamento”, relembra.
Mesmo trabalhando de forma independente e gerenciando
todos os pontos da carreira (da produção das músicas à comercia-
lização dos shows e até a gravação e nalização de um videoclipe),
a Fresno acha ne-
cessário ter certas
parcerias para que
os negócios uam
da melhor maneira.
Recentemente os
rapazes fecharam
acordo com o escri-
tório Casa do Show
para a comerciali-
zação de suas datas.
“Foi um acordo in-
teressante. A em-
presa tem ótima
estrutura e cliente-
la. De nossa parte,
estamos bancando
o vendedor dos
shows", explica o
guitarrista.
Indiee
CONSOLIDADA
HÁUMANOGERINDOAPRÓPRIACARREIRA, F
RESNO
LANÇANOVOCD
EFECHACOMACASADOSHOWPARAAGENCIAMENTODESUASDATAS
NOVAS INFLUÊNCIAS
O disco
In nito
marca o rompimento da Fresno com dois perso-
nagens que zeram parte de sua história: o produtor Rick Bona-
dio e o baixista Esteban Tavares. O m da parceria com o mana-
ger ocorreu por conta do desgaste natural do trabalho. “Foi a
Arsenal quem apresentou nosso trabalho ao mercado mainstre-
am. Três anos mais tarde, essa parceria já não funcionava para a
gente da maneira como imaginávamos. Pensávamos diferente do
Rick. Ele nos chamou e nos fez perceber que deveríamos seguir
nosso caminho. O rompimento foi na boa”, explica Lucas.
Sobre Tavares, o discurso é parecido. O artista saiu da Fresno
para tocar seu projeto solo e, apesar da banda ter sentido essa
baixa, Lucas diz que a amizade continua. “Ter uma banda é ter
um sonho em conjunto. E, a partir do momento que isso deixa
de ser verdade para um integrante, é melhor que ele realmente
saia. Dessa forma, o elo afetivo não se desfaz”, completa Vavo.
E, apesar da saída do baixista, o Fresno “adotou” o tecladista
Marcio Camelo, que está na banda desde 2010 e só em 2012 se
tornou sócio da marca. “Denitivamente sou um integrante da
Fresno. Muita gente acha que eu tomei o lugar do Tavares, mas
isso não aconteceu”, explica.
In nito
é um disco diferente dos trabalhos anteriores da Fres-
no. Com arranjos de cordas e grandes paredes sonoras de tecla-
dos, as canções se tornaram grandiosas. “O disco é todo instin-
tivo. Utilizamos novas inuências e tendências nos arranjos de
teclados”, comenta Lucas. “Ao lançar esse novo disco, prestamos
muita atenção na receptividade dos fãs. Eles caram abismados,
no bom sentido. Muitas pessoas dizem que esse é o melhor
trabalho da história da banda”, comemora Vavo.
GUSTAVOVARA
FRESNO
BANDAAGORAENVOLVE SEEMQUESTÕESCOMOADISTRIBUIÇÃO
DESEUSTRABALHOSEAPRODUÇÃODEVIDEOCLIPES