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HUMOR
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Para os escritórios artísticos, o stand-up é um negócio compensador, levando-se em conta principalmente os aspectos de produção.
“A principal diferença é a logística. Gerenciar um show de stand-up é muito mais fácil que de um artista musical. A boa produção é a
que sabe exatamente o que o artista deseja. E por este ponto de vista, acho mais natural conhecer os gostos de uma pessoa do que de
várias”, analisa Sergio Sayd,da Sayd Empreendimentos,que agencia as carreiras de Fabio Porchat
e Marcos Veras. “A meu ver, no caso de um artista, a relação custo/benefício está ligada ao grau
de cumplicidade que se estabelece. Se acontece uma parceria legal, propostas aparecem, um bom
trabalho é feito e a recompensa econômica é apenas uma agradável conseqüência”, afirma.
Já o empresário Alex Monteiro, responsável pela carreira de Gustavo Mendes, procura
relativizar a comparação. “São trabalhos distintos. Lançar um artista de música é muito mais
dispendioso. Já o humorista conta com grande apoio da internet. O Gustavo Mendes, por
exemplo, chegou ao
Casseta & Planeta
com mais de 12 milhões de visualizações”, considera.
“Por outro lado, os cachês do pessoal da música são bem mais altos, assim como os custos de
produção de CDs e DVDs. Sem falar nos gastos com infra-estrutura (palco, iluminação,
sonorização e espaços) e equipe. Já no caso de um show do Gustavo, podemos realizá-lo com
apenas três pessoas: ele, o músico e o produtor”, acrescenta.
Trabalhando em parceria com a Fazolato Eventos, que cuida da venda de shows de Gustavo
Mendes, Alex comemora a agenda cheia do humorista. “Mesmo quando ele está em períodos
de gravação do
Casseta & Planeta vai fundo
, conseguimos fazer de 10 a 12 shows por mês”,
revela, destacando que a agenda inclui apresentações em
eventos corporativos, de prefeituras e festivais de humor.
“Para eventos corporativos temos um formato de show
reduzido, no qual Gustavo explora seu talento para
imitações, como a da presidente Dilma e de divas da MPB
(Maria Bethânia, Alcione, Ana Carolina), além do Rei Roberto Carlos”, completa o empresário. “O
Gustavo também tem sido requisitado para trabalhos de teatro empresarial. Os gestores buscam
divulgar suas ideias de uma forma mais lúdica”, revela. Para 2013 um dos projetos do empresário é
a produção de um DVD do humorista.
As agendas de Fabio Porchat e Marcos Veras também andam “bombadas”, segundo Sergio Sayd.
“Com o Veras temos feito muitos eventos corporativos. Já com o Porchat viajamos mais aos domingos,
pois sextas-feiras e sábados ele está em cartaz com o espetáculo
Fora do normal
noTeatro dos Grandes
Atores (Rio de Janeiro).Osucesso dele é tão grande que estamos priorizando espaços coma capacidade
superior a mil lugares. Ou então já nos programamos para sessões extras”, destaca.
Sergio explica que os dois humoristas procuram adaptar seus espetáculos a cada tipo de evento.
“O show completo deles tem duração média de uma hora.Mas estamos falando de dois humoristas
muito versáteis. Nosso trabalho é obter um briefing com o maior número de informações possíveis
de cada evento e repassá-las aos artistas. Assim, eles criam formatos variados de shows, de acordo
com a demanda”, detalha.
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