Página 3 - SUCESSO Edição Especial #146

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Depois que Rafael passou a dividir a linha de frente do palco com Kleo Dibah, a dupla conseguiu ter mais visibilidade no cená-
rio sertanejo de Minas Gerais. Em 2010, eles já conseguiam fazer por volta de dez shows mensais. Naquele ano, Kleo sentiu que
era o momento certo para procurar Geraldo e, através do Orkut, localizou a sobrinha do manager, Sayonara Campos. “Puxei as-
sunto com ela, que disse que iria à festa de aniversário de sua mãe, que é irmã do Geraldo. Vi então a possibilidade de me apresen-
tar nessa festa junto com o Rafael.Me sentia preparado artisticamente para ser contratado, por isso quis fazer uma surpresa para o
empresário”, relembra Kleo.
Sayonara concordou com o show e montou toda a aparelhagem para a apresentação dos meninos. Mas surgiram problemas
técnicos. A distância entre a cidade da dupla e a de Geraldo Campos, Patos de Minas (MG), é de aproximadamente 400 qui-
lômetros. “Não tínhamos dinheiro algum para fazer essa viagem. Uma semana antes da apresentação, saíamos atrás de verba
junto aos grandes comerciantes de Ituiutaba. Felizmente alguns nos ajudaram”, conta Kleo. O outro problema dessa história foi
o atraso do manager para a festa. “Mesmo sem a presença dele, começamos a tocar o nosso repertório. O que eu não sabia é que
ele atrasaria mais de cinco horas. Continuamos o nosso show até ele aparecer”, conta Kleo. “Depois que eu cheguei, eles tocaram
por mais três horas seguidas e, na semana seguinte, comecei a agenciar alguns shows na região de Patos de Minas”, complemen-
ta Geraldo Campos.
Geraldo Campos realmente ficou encantado com o talento e carisma de Kleo Dibah & Rafael. Fechou contrato quase que de
imediato com os garotos e passou a vendê-los para algumas pequenas casas do Triângulo mineiro. Em paralelo, levou a dupla
para São Paulo, para ver uma apresentação de João Bosco & Vinícius. “Euler Coelho é meu amigo de longa data, então ofereci
a ele sociedade no empresariamento de Kleo Dibah & Rafael. Num primeiro momento ele
não aceitou, mas concordou em usar sua influência no mercado para nos ajudar”, conta
Geraldo. Através de Euler, a dupla conheceu o Estúdio VIP, de Dudu Borges, onde gravou
três canções. “Saí do estúdio e, na sequência, passei a enviar
Se eu me entregar
para as rádios.
As emissoras começaram a tocar a faixa e eu iniciei as vendas de shows da dupla sem sequer
ter um CD pronto”, conta o manager.
Com o sucesso inesperado, KD&R voltaram ao VIP, gravaram mais nove canções e lança-
ram, no final de 2011, o primeiro disco de carreira,
O tanto que é bão
. “O disco teve diversas
canções promocionais. Cada região tocou uma e isso ajudou bastante na divulgação do tra-
balho dos meninos. Em menos de um ano, conseguimos alavancar a carreira deles, que hoje
fazem 20 shows mensais. Só não fazem mais porque eu não permito.Todo o artista tem que
ter um tempo livre para criar e dar continuidade à sua obra”, explica o manager. “Foi através
de Geraldo que fomos contratados pela Universal Music, o que agregou valor e prestígio à dupla. A discográfica está responsável
por distribuir nosso trabalho”, completa Rafael.
Em 2012 aconteceu com os rapazes um fenômeno comum às boas duplas em ascensão.Os fãs de Kleo Dibah & Rafael sabiam
de cor suas canções, mas não conheciam seus rostos. Foi então que Geraldo decidiu gravar um DVD. Com direção de Dudu
Borges,
É dus mais bão
saiu no final de agosto. A meta agora é consolidar a imagem e a carreira dos sertanejos em São Paulo,
Minas Gerais e Goiás – estados onde já fazem sucesso. “Optamos por um plano de carreira tradicional, no qual o artista lança
primeiro um CD, trabalha ele nas rádios, fica conhecido e depois lança o DVD. Dessa forma, subimos um degrau de cada vez
e conseguimos o sucesso de forma concreta e estável”, analisa o empresário.
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