Página 2 - SUCESSO Edição Especial #146

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USTAVO
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ODINHO
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A
dupla Kleo Dibah & Rafael existe há aproximadamen-
te quatro anos,mas somente em 2011 lançou o primei-
ro CD. De lá para cá, conseguiu fama e é presença
garantida nas principais festas agropecuárias do Brasil.Naturais
da pequena Ituiutaba (MG), eles lançaram, no final de agosto,
o primeiro DVD da carreira,
É dus mais bão
.
A amizade dos sertanejos começou quando ambos tinham
por volta de dez anos de idade. Eles frequentavam o mesmo
conservatório musical e, entre os acordes da guitarra de Rafael
e os batuques na bateria de Kleo, sempre rolavam experimenta-
ções sonoras. “Naquele tempo a gente já tocava algumas can-
ções de primeira, sem ensaios. Quem é músico sabe que essa
química não acontece sempre”, relembra Kleo.
O tempo passou e os gostos musicais os separaram. Kleo, fã
de sertanejo de raiz, montou uma dupla e começou a fazer sho-
ws em bares do Triângulo Mineiro. “Sempre gostei da música
caipira. Meu avô era violeiro e minha família sempre teve tra-
dição na música. Lembro que quase todos os domingos nos
reuníamos para cantar. A música regional está no meu sangue
desde que nasci”, comenta Kleo.
Rafael, por sua vez, optou pela vertente mais globalizada da
música. Desde a época do conservatório, ele ouvia guitarristas
de blues e bandas de rock. “Sempre curti as linhas melódicas do
Dire Stratis. Tocar os solos do Mark Knopfler me ajudou bas-
tante nos arranjos que componho atualmente”, detalha Rafael
que, ao contrário de seu parceiro, optou por tocar em bandas de
baile. “Por conta do meu ofício, tive que aprender a tocar todos
os tipos de música. Uma banda de baile não pode ter repertório
limitado”, completa.
Foi em meados de 2008 que os dois se juntaram no palco.
Kleo relembra que sua antiga dupla sertaneja não havia dado
certo e então ele chamou Rafael para o acompanhá-los nas can-
ções. “Eu já era artista fixo de algumas casas e tinha um público
que conhecia o meu trabalho. Quando minha antiga dupla aca-
bou, eu não podia abandonar os palcos. Foi então que decidi
manter-me como cantor solo e chamei o Rafael para me acom-
panhar no violão”, comenta.
Foi também nesse ano que o atual empresário, Geraldo
Campos, entrou na vida da dupla.Em certa ocasião,Kleo Dibah
estava cantando em uma boate de Ituiutaba e Geraldo, por aca-
so, estava presente. Quando a apresentação acabou, o manager
(que na época cuidava da carreira de César Menotti & Fabiano)
fez contato e trocou cartões com o sertanejo. “Tive a cer-
teza que Kleo Dibah era um artista diferente do que o
mercado está acostumado a ver. Depois daquele dia,
falei com ele algumas vezes pelo telefone, mas senti
que ainda não era o momento de apostar no seu
talento, lançando-o profissionalmente", comenta
Geraldo Campos.
Kleo não desistiu e continuou a se apresentar por
Ituiutaba e cidades vizinhas. A amizade entre ele e
Rafael só aumentou e, em 2009, em um show-mati-
nê, Kleo chamou o parceiro para fazer a segunda voz
em uma canção. “Não lembro o que estávamos
cantando, mas senti que precisava de um
parceiro dividindo os vocais.Na hora,Ra-
fael ficou meio acanhado, mas aceitou”,
comenta Kleo.Depois da apresentação,
ficou acertado que ambos cantariam as
letras. “Como éramos artistas inde-
pendentes, Kleo passou a atuar como
'investidor' e fazia também o papel de
empresário. Por isso, ele pegava 70%
do cachê e eu ficava com o restante.
Ainda bem que agora essa história
mudou. Senão aí já seria injustiça”,
brinca Rafael.
AscensÃo
consciente
CONHEÇAAHISTÓRIACOMPLETA
DADUPLA
KleodiBAH&rAfAel
QUE, EMPRESARIADAPOR
GERALDOCAMPOS, CONSEGUIU
CONQUISTAROBRASIL
BRUNOBERNARDES