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vídeoeseis inéditasfeitasemestúdio
» Alguns organizadores
de eventos reclamam de
exigências exageradas de
determinados artistas, que
elevam os custos e às vezes
inviabilizam a contrata-
ção. O que acha disso?
Isso depende de cada artista, cada um sabe onde está se enfiando.Tem
muita coisa acontecendo por aí sem sustentação, muitos artistas fa-
zendo megaproduções. Alguns vão permanecer, outros terão carreira
efêmera. Eu e o Luciano só exigimos o essencial. Se a gente quer
malhar, por exemplo, nosso pessoal leva os aparelhos. A gente não
pede para o contratante montar uma academia no hotel. Eu penso
que o contratante está ali arriscando junto com o artista, pode tomar
um prejuízo – afinal, pode chover, pode acontecer um montão de
coisas. Enfim, você tem que saber que o contratante é seu cliente e
cliente foi feito pra ser bem tratado. Por isso, no nosso caso, a gente
procura não exagerar nas exigências.
» E com relação às megaproduções, sobretudo para a grava-
ção de DVDs, você acha que o investimento é válido?
Cada artista sabe o que quer para sua carreira. É difícil opinar de fora.
Depende do momento. Às vezes você precisa mostrar ao mercado que é
grande. Em outros casos, não precisa mais, pois o mercado já se deu
conta da sua importância. Só não concordo com quem sai comprando
todo mundo por aí, bancando gente para lotar os shows etc.
»Muitos artistas, sobretudo do sertanejo universitário, estão
montando casas noturnas.O
que você acha disso?
Cada um faz o que quer, mas eu
pretendo nunca mais entrar
nesse negócio. Fui sócio de uma
casa em Alphaville (bairro no-
bre da Grande São Paulo) e só
tive prejuízos. Prefiro investir
na construção civil e na criação
de gado, áreas em que venho
tendo ótimo retorno.
» Vocês têm projetos de se
apresentar em pequenos espaços, como baladas sertanejas?
Não. Fazemos todo ano temporadas no Credicard Hall (São Paulo).
Tocamos no Teatro Guaíra (Curitiba), Sesi (Porto Alegre), Chevrolet
Hall (BH), Citibank Hall (Rio de Janeiro)... Fazemos os eventos ru-
rais em todo o Brasil. Temos um show chamado
In Love
, que fizemos
este ano em São Paulo (Espaço Daslu), Cuiabá, Campo Grande e
Brasília. Émais intimista, para duas mil pessoas,mas emBrasília, por
exemplo, o público foi de dez mil pessoas. Acho que essas casas que
comportam 800 pessoas não têm nada a ver comZezé Di Camargo &
Luciano. Posso até fazer um dia para um evento especial, posso ir pra
ver um amigo tocar. Acho interessante esse pessoal que se apresenta
neste tipo de espaço, mas penso que o público nosso é mais conceitual,
vai ao show como espectador mesmo, quer se envolver emocionalmen-
te com a apresentação. Não tenho preconceito contra cantar nesses pe-
quenos espaços, apenas acho que não combina conosco.