Página 44 - SUCESSO#146

Versão HTML básica

show business
A
pesar da pouca idade, João Caltabiano atua há quase
duas décadas no mercado da música. Natural de Gua-
ratinguetá, interior de São Paulo, ele começou sua tra-
jetória organizando eventos e produzindo shows no Vale do
Paraíba. Em 1998, passou a trabalhar como agente de shows na
região. E assim se manteve por seis anos. Depois, entre 2004 e
2005, trabalhou na Fórmula Eventos, na capital paulista. Na se-
quência, foi convidado a se transferir para a Casa do Show, onde
teve atuação destacada.
Na empresa, ficou sete anos e chegou a ter participação socie-
tária, ao lado de Christiane Mascarenhas e Ricardo Chantilly.
Mas no ano passado, João Caltabiano resolveu que era o mo-
mento propício para criar seu próprio negócio. Em novembro,
colocou esse plano em prática e montou a Zero Um Entreteni-
mento. A empresa, sediada na capital paulista, atua principal-
mente nas áreas de produção e contratação de shows para gran-
des festas e eventos corporativos. "Mantive 80% dos meus
clientes da época da Casa do Show e estou conseguindo renovar
minha carteira. Foi uma decisão arriscada, mas que tem se mos-
trado muito acertada", analisa Caltabiano.
Na parte de produção, a Zero Um se destaca por sempre
acompanhar os artistas na estrada. "Mesmo
quando há datas que coincidem, envio um
produtor freelancer para cuidar de questões
relacionadas a hospedagem e camarim, entre
outros assuntos. E também para fazer o inter-
face entre meu cliente e a produção do artista
contratado. Isso é essencial", declara.
› GERENCIAMENTO
Mas o escritório não ficará restrito a esse tipo
de prestação de serviço.A ideia de Caltabiano
é implantar, aos poucos, outros negócios. A
primeira medida é criar um departamento
para gerenciamento artístico – o que deve
ocorrer até o fim do ano. "Vou priorizar ban-
das e cantores que enxerguem a carreira como
um investimento a médio e longo prazos.
Não importa o gênero, pois quando se traba-
lha visando o futuro, é mais fácil criar projetos
vencedores", analisa.
Caltabiano também afirma que a Zero Um
Entretenimento terá um departamento para
desenvolver cases publicitários para os artis-
tas. "Em um mercado competitivo como da
música, temos que oferecer novidades para os
clientes, sejam eles empresas ou agências de
propaganda. Só assim é possível se destacar",
defende Caltabiano.
Polivalência
empresarial
ApósdeixArACAsAdoshow,
JOãOCAlTAbIANO
montAesCritório
próprio, queAtuAnAsáreAsdeproduçãoArtístiCAemAnAGement
Apesar do bom momento vivido pelo mercado da música,
João Caltabiano acredita que esse segmento precisa passar por
ajustes urgentes. Segundo ele, no momento há sobrevalorização
tanto no custo dos cachês quanto nos itens de serviços, o que tem
encarecido em muito o valor final das atrações. "Isso é um pro-
blema, pois temos que repassar esses custos ao público. Quando
o preço do ticket final fica muito alto, os fãs deixam de ir aos
shows. Essa situação chega a ocasionar cancelamentos de apre-
sentações. Resumindo: é um problema que, se não for resolvido,
pode contaminar o mercado como um todo", defende Caltabia-
no.
Por outro lado, ele enxerga algo saudável nesse imbróglio. Con-
sidera que a sobrevalorização, que acontece sobretudo nos cachês
de artistas sertanejos, tem feito com que os contratantes escolham
representantes de outros gêneros para seus eventos. "Muitas vezes,
um grande nome do rock ou do samba custa dez vezes menos que
uma estrela sertaneja. Para o contratante, é ótimo. Afinal, depen-
dendo da atração, ele também terá casa cheia, lucrará mais e não
precisará elevar o valor do ingresso Esse comportamento auxilia
para que o mercado seja mais variado e acessível a todos os tipos
de música", confia Caltabiano. (H
elder
M
aldonado
)
JOãOCAlTAbIANO
AlémdeAgenciAr, suAempresA, AtéofimdoAno, querfechArexclusividAde
comnomesquedesejAmtrAbAlhArAcArreirAAmédioelongoprAzos
heldermAldonAdo