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S
er filho de um artista conhecido pode ajudar a abrir portas
no mundo artístico. Mas nem sempre os pais famosos in-
centivam os filhos a entrar no show bizz. Fabio Jr., quando
soube que Fiuk havia decidido montar a banda Hori e seguir a
carreia de músico, não se entusiasmou e sequer cogitou ajudá-lo
nessa empreitada. Para ele, Fiuk poderia construir uma carreira
artística, se esse fosse seu desejo.Mas que corresse atrás do sonho
e se virasse por conta própria.
À primeira vista, parece uma decisão punitiva e inibidora. Mas
com o tempo, Fiuk percebeu que, na verdade, esse foi o apoio mais
valioso que poderia ter recebido do pai. Ao construir uma carreira
com os próprios esforços, conheceu a fundo os trâmites do mer-
cado artístico. Teve que se envolver não só com a parte criativa,
mas também com questões relacionadas à produção, logística e
gerenciamento. "Se eu tivesse sido ajudado desde o
começo, talvez permanecesse em uma zona de con-
forto que me traria comodidade, mas nenhum co-
nhecimento da profissão. Hoje, sei um pouco de
cada uma das áreas do mercado musical e isso me
ajuda bastante a tomar decisões acertadas em situa-
ções complicadas", resume Fiuk.
Recentemente, o cantor tomou uma dessas difí-
ceis decisões - resolveu mudar de escritório. E o
escolhido para essa nova fase do cantor foi o Midas
Music, comandado por Rick Bonadio. Fiuk afirma
que nutre o desejo de trabalhar com o produtor e
empresário desde a época em que fazia parte da
banda Hori. Mas nunca teve oportunidade. Como
está prestes a lançar o segundo disco solo, conside-
rou ser este o momento de consolidar essa aproxi-
mação. "O Rick tem um perfil profissional interes-
sante. Como é produtor e empresário, tem
facilidade para criar cases com qualidade artística e
bom posicionamento de mercado. É uma equação
que funciona e dá ótimos resultados. Basta analisar
a quantidade de bandas que fizeram sucesso nas
mãos dele", analisa Fiuk.
A ideia de Fiuk e Bonadio é lançar dois projetos
ainda neste resto de ano.O primeiro será umDVD
ao vivo, reunindo os sucessos do ídolo jovem desde
a época da banda Hori. O segundo, e mais ousado,
será a gravação de um novo disco de estúdio.Assim
como no seu primeiro projeto, Fiuk continuará se-
guindo uma linha eclética no repertório. No pri-
meiro projeto solo, gravou rock e samba-rock (no
caso,
Quero toda noite
, com participação de Jorge
Ben Jor), entre outros estilos. Agora, ele adianta
que pretende fazer parcerias com artistas de gêne-
ros como pagode e rap. Antes de ser criticado e
Parceria
inesPerada
ídOlO jOvem
Fiuk
mudadeescritóriO, fechaacOrdOcOma
midasmusicePreParacdedvdcOmPrOduçãOderickBOnadiO
taxado de oportunista, o cantor se antecipa e explica a decisão.
"Atirar para todos os lados pode parecer oportunismo, mas não
é.Eu realmente gosto desses gêneros que gravo. Se quisesse mes-
mo fazer sucesso facilmente, lançava logo um disco de sertanejo.
Mas não é o caso", analisa Fiuk.
› O PatrãO
Gerenciar a carreira de Fiuk será um desafio diferente para Bo-
nadio. Isso porque o empresário costuma construir carreiras do
início e não dar continuidade a trajetórias de artistas já consoli-
dados. Em entrevistas, Rick sempre alegou ser complicado lidar
com artistas consagrados, pois esses exigem exclusividade nas
parcerias. E isso é algo que ele não tem como oferecer, pois cos-
tuma se manter ocupado ao mesmo tempo com vários projetos
Fiuk
"porserprodutoremanager, rick
temfacilidadeparacriarcases
comqualidadeartísticaebom
posicionamentonomercado"