Entrevistas

Paula Lima mantem seu som em alta

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Quando o programa Chocolate quente entra no ar (sempre às terças, às 20h), pela rádio Eldorado (São Paulo), os fãs da cantora Paula Lima tem a chance de apreciar uma das inúmeras facetas de uma das artistas mais versáteis do país. No entanto, basta ouvir apenas alguns minutos da premiada atração (ganhadora do tradicional prêmio APCA) para perceber que o lado radialista de Paula traz o mesmo tempero de seu trabalho como intérprete. Funk, soul, jazz, r&b, muitas canções românticas e toda a diversidade da música negra recheiam a trilha do programa. Tudo escolhido a dedo por Paula. “Tenho liberdade pra tocar o que quero e o que gosto”, conta. Como se vê, além do romantismo e da paixão pela black music, a atuação de Paula no rádio se baseia em outra regra seguida pela artista em todos os cinco discos de estúdio e um CD/DVD ao vivo já lançados por ela em 15 anos de carreira solo: justamente não ter regras.

Muito pelo contrário. Paula teve sempre liberdade não apenas para gravar os gêneros que ama, mas também, muitas vezes, para ousar. “Todos os meus trabalhos, inclusive O samba é do bem (totalmente dedicado ao samba, lançado em 2014), são verdadeiros e recheados de paixão. E o que considero muito importante: foram feitos sem pressão. É aí que me sinto livre pra arriscar, acrescentar novos elementos… “, resume.

E se a carreira de Paula é regida pela paixão, o coração da cantora se divide atualmente entre dois singles, ambos já lançados e com ótima resposta do público. O primeiro é Fiu fiu, gravado em 2015, mas que há cerca de dois meses entrou na trilha da novela global Malhação, como tema da personagem da atriz Deborah Secco. O outro é o recém-lançado Mil estrelas, faixa produzida por Kassin e composta por Ivo Mozart e Zeider Pires (Planta & Raiz). O single é um pop romântico que, segundo Paula, carrega um pouquinho de cada um de seus criadores: “A canção fala de amor, sentimento que faz parte da vida de todos. O Ivo é um hitmaker que normalmente relata o amor em suas canções. Mesmo o reggae do Zeider, além de ser bem pop, fala também muito de amor. E o Kassin, além de ter uma veia pop e radiofônica muito bacana, conseguiu achar um lado soul para a música, que acabou ficando a minha cara”, explica.

As duas canções revelam uma volta de Paula às raízes, após o sucesso de O samba é do bem. “O último disco foi uma viagem, um desejo, algo que eu sentia naquele momento. Foi um projeto, mas agora voltei ao meu habitat natural, com estas novas canções. Com funk, samba, soul e até uma pegadinha de hip hop, todos gêneros negros que me fascinam. São as minhas referências, né? As fontes onde mais bebo”.

Nem bem começou a saborear o êxito destas músicas e Paula já iniciou a “gestação”, segundo palavras da própria cantora, de uma terceira faixa inédita: “Devo lançar entre dezembro e janeiro. E a partir deste terceiro single, vamos decidir se lançarei um CD com as três canções e outras inéditas, ou mesmo um DVD. Ainda não pensei em título, mas certamente esse projeto terá outras composições do Ivo e do Zeider. O mesmo posso dizer do Pretinho da Serra e do Gabriel Moura (autores de Fiu fiu), compositores tão queridos e parceiros”, adianta. Quanto à produção, ela ainda não definiu quem será o responsável. No entanto, não descarta repetir a parceria recente com Kassin.

Enquanto não entra em estúdio, Paula Lima mantém um ritmo acelerado de apresentações pelo Brasil, com shows diferentes para pequenos e grandes públicos. “Vou muito de acordo com o espaço e com o que o contratante pede. O formato natural do show é com meu sexteto, que eu adoro. Mas em lugares menores, em eventos corporativos, ou até em apresentações em programas de rádio, faço com um trio. A energia, no entanto, é a mesma. Seja qual for o formato, entrego aos fãs um show super suingado”, conclui.

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